domingo, 10 de março de 2013

Humor crítico





Um dos tipos de comédia mais populares no Brasil, hoje em dia, é o stand-up comedy. Nele, os humoristas utilizam um texto de autoria própria e não representam nenhum tipo de personagem. Como eles mesmos dizem, apresentam-se “de cara limpa”. Mas como será que estes humoristas andam trabalhando o humor?  Somente para debochar das minorias, ou utilizam-no para criticar aqueles que estão no poder e trazê-los para a realidade? Nós podemos escolher aquilo que achamos engraçado?

O humor é uma das chaves para a compreensão de culturas, religiões e costumes das sociedades num sentido amplo, sendo elemento vital da condição humana. O homem é o único animal que ri e, através dos tempos, a maneira humana de sorrir modifica-se, acompanhando os costumes e as correntes de pensamento.”
(Definição de humor pela Wikipédia).

O conceito de humor tornou-se muito amplo ao passar dos anos e da evolução da humanidade. Isso nos leva a concluir que as pessoas riem de coisas diferentes, depende do contexto social e histórico. Portanto, podemos sim escolher sobre o que achamos graça e isso depende de quanto conhecimento temos sobre determinado assunto. O fato é que muitos humoristas, como meio mais fácil de provocar o riso nos outros, ainda se utilizam de piadas feitas, que insitem quem discriminar principalmente mulheres, negros, pobres e homossexuais, simplesmente por esses grupos terem tido menos poder ao longo da história.


O humor é um ótimo meio para denunciar as fraquezas de assuntos polêmicos na sociedade atual, como política e religião, por exemplo, que muitas vezes não funcionam como deveriam. Ridicularizar pessoas que você julga piores porque são diferentes de você nunca irá contribuir de forma positiva para a sociedade. Pelo contrário, piadas desse tipo só reforçam a ignorância e os preconceitos que nos fecham para o novo e o diferente.

Devemos utilizar o humor como forma de protesto e denúncia contra aqueles que fogem da ética para o beneficiamento próprio, e não para julgar os outros e humilhá-los por serem diferentes, porque eles não são. Somos todos humanos.




Texto escrito por Enrico Gimenez

terça-feira, 5 de março de 2013

Mulher: sinônimo de modernidade e superação!

        
         Uma das mais importantes heranças que nos foi deixada pela Revolução Industrial foi abrir as portas do mercado de trabalho às mulheres. Claro que isso não decorreu de um projeto de emancipação das mulheres, visava, simplesmente, a constituição de mão de obra barata. Ainda assim, tornou possível que a mulher deixasse de ser apenas ‘do lar’, nem que fosse para encarar o trabalho árduo nas insalubres indústrias no final do século dezoito. A partir disso, os desafios foram sendo ampliados e as conquistas estabelecidas. 

Nessa época, em 1857, operárias de uma fábrica fizeram uma grande greve, reivindicando melhores condições de trabalho e tratamento digno dentro desse local. A manifestação foi reprimida com violência, as operárias foram trancadas dentro fábrica que foi incendiada, levando a morte de várias delas. O dia 8 de Março teria sido a data do ocorrido, a mesma que hoje comemoramos o Dia Internacional da Mulher. Assim, segundo uma das versões históricas sobre essa data, ela existiria em homenagem às guerreiras que passaram por inúmeras dificuldades e tiveram suas vidas sacrificadas.

A partir do surgimento de uma data e de diversos movimentos feministas, a importância e valorização da mulher começaram a ser debatidas e mudanças começaram a valer. Muitos fatos históricos foram fundamentais na escalada feminina a uma posição de destaque na sociedade, como por exemplo, o direito ao voto. Tal fato permitiu conquistas no acesso à educação, resultando no ingresso massivo no mercado de trabalho.

Atualmente, a participação da mulher nesse mercado mostra-se essencial, por sua competência e sensibilidade para compreender diversas situações, atuando então com uma maior desenvoltura e confiança naquilo que lhe é proposto. As barreiras vão sendo derrubadas através da imprescindibilidade da presença feminina no mercado de trabalho.

No entanto, hoje, por mais que seja assegurado a nós mulheres os mesmos direitos concedidos aos homens, esses ainda não atingem a todas. Culturas antigas nos levaram a moldar uma imagem da mulher como aquela pronta para servir e cuidar da família, dos filhos e do lar, enquanto ao homem assume uma posição de comando.

Hoje com muitas lutas e conquistas, a figura feminina está gradualmente revertendo tal situação de pré-conceito e desvalorização. Um exemplo que pode ser citado foi a eleição da candidata Dilma Rousseff à presidência da República, primeira mulher no Brasil a assumir o cargo de presidência. Tal fato representa um impulso para que muitas mulheres lutem por seus direitos e objetivos, a favor da igualdade de gênero.

Desde o momento em que nós mulheres conquistamos um papel mais participativo na sociedade, tendo mais voz ativa e direito de expressar nossas vontades mais livremente, houve uma revolução dentro da cultura, porque agora não há somente uma necessidade de cuidar do lar e de tudo que o engloba, mas também é preciso estarmos sempre atualizadas no mercado, realizando cursos, faculdades e sendo uma boa profissional. Além de todas essas oportunidades e desafios que nos tem sido propostos, é preciso que nunca esqueçamos o nosso lado feminino, da delicadeza e sensibilidade, estar sempre com o cabelo arrumado, a unha bem feita, de bom humor e com um sorriso na cara, por mais cansada que estejamos. Assim, há uma chance de suprirmos toda a expectativa que a sociedade deposita sobre nós e conquistarmos nosso papel fundamental e preponderante diante da sociedade! 



Texto de Manuela Freitas Barbosa

Comédias stand up


A comédia stand- up consiste em formas de apresentação nas quais o comediante se encontra com o público com um texto de autoria própria e sem usar de artifícios cênicos. O objetivo é fazer as pessoas rirem. Muitos são os temas abordados e, com a liberdade de expressão, hoje em dia, algumas pessoas julgam que os comediantes estejam passando da conta.

Como foi dito por Danilo Gentili no filme “O riso dos outros”, toda piada tem um alvo, não tem como se falar sobre o “nada”. Justamente por grupos específicos de alvos se sentirem desrespeitados, esses comediantes passaram a chamar a si próprios de “politicamente incorreto”.

As piadas machistas, sobre homossexuais, afrodescendentes, dentre outras são criticadas diariamente. Mesmo que sejam as que mais geram risos. Vejo o comediante como um vendedor que atende seu público como qualquer outro.  A diversidade de produtos pode ser comparada aos diversos temas a serem abordados.  Conforme a demanda do público, são feitos os textos. Ainda vivemos em uma sociedade que, em sua massa, é pobre de conhecimento e de visão crítica. Por isso se contentam e acham graça de temas que ofenda uma parte da população.

O objetivo da comédia é divertir as pessoas, proporcionar momentos de lazer. Desqualificar o outro não é necessariamente o propósito das apresentações cômicas, ainda que isso muitas vezes aconteça. Sociedade, deseja uma comédia mais inteligente? Sejam mais inteligentes. Quebrem o paradigma cultural que, muitas vezes, hoje não tem embasamento. O comediante é só um reflexo mais visível do pensamento das pessoas. Não podemos nos esquecer de que é o público que legitima o comediante.
Texto de Isabela Brito

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Até onde somos livres?

Quando ouvimos a palavra liberdade, a primeira coisa em que pensamos é na liberdade de expressão. Temos uma tendência a restringir os nossos pensamentos, não é verdade? Segundo a Constituição Brasileira, todos nós brasileiros temos direito à liberdade, mas que tipo de liberdade?  Liberdade determinada pelos pais? Pela sociedade?  Ou pelo meio no qual estamos inseridos? Então Pacatos Cidadãos, até onde vai a nossa liberdade?
Quando criança, a nossa liberdade era determinada principalmente pelos nossos pais, pois eram eles que decidiam se podíamos ir a algum lugar ou não, escolhiam o que íamos vestir delimitavam o que deveríamos falar ou fazer, o certo ou o errado. À medida que crescemos “adquirimos” mais liberdade de expressão e ação. Porém, nossa liberdade e nossa ação passam a serem influenciadas e limitadas por outros fatores.
Um desses fatores pode ser o meio no qual vivemos. Por exemplo, você quer ir ao cinema, mas para chegar até lá você precisa passar por um bairro que é muito perigoso a partir de uma determinada hora, então você não vai ao cinema porque não deveria passar por esse bairro, então a sua liberdade foi delimitada pelo meio. Então você acaba escolhendo outro lugar para ir, apesar do meio ter influenciado na sua liberdade de ir ao cinema, você tem a liberdade de escolha que permite que você vá ao teatro.
Quando pensamos nos nossos ídolos do futebol, naquele artista da TV ou mesmo numa pessoa que tenha uma vida pública, pensamos que seja tudo de bom. Entretanto, quando analisamos a liberdade de ir e vir de cada um, percebemos que todos possuem uma liberdade restringida pela sociedade ou o meio em que vivem. No caso das pessoas famosas, necessitam zelar pelas suas imagens diante da sociedade. Perdem a privacidade até mesmo ao ir ao shopping, passear na praia, etc. Poder dizer livremente o que pensam então, pode ser o fim de uma carreira promissora, pois como pessoas públicas são condenadas pela mídia por serem formadores de opinião.
Penso que a liberdade é determinada por diferentes fatores. O meio nos influencia e, muitas vezes, leva-nos a tomar decisões diferentes das que desejamos. As cobranças e regras impostas pela sociedade, as leis e exigências governamentais nos regem e delimitam o que podemos ou não fazer. Esses são os fatores externos que alteram o limite da liberdade. Mas cabe a cada um de nós refletir e compreender até onde se pode e se  deve ser livre, entendendo que a nossa liberdade não pode invadir a liberdade alheia.
Texto de Tatiane Alves 
 
 

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Alô Pacato Cidadão!!! Você mesmo!


 

“Oh! Pacato Cidadão! Eu te chamei a atenção não foi à toa, não. C'est fini la utopia.” O próprio nome se explica: sujeito pacato, que aceita tudo, sem senso crítico, que não questiona, reclama, exige. E “C'est fini la utopia”: o fim da utopia, fim de um sonho praticamente impossível.

E é assim que tudo começa: um desejo de 23 alunos de questionar, criticar e trazer temas atuais da sociedade para serem discutidos e questionados. Alunos que desejam acabar com essa utopia que o pacato cidadão alimenta até os dias de hoje. Então, começamos a questionar a base disso tudo, a cidadania.

A cidadania nada mais é que o papel do cidadão de cumprir os seus deveres com para a sociedade e os direitos que ele tem com o Estado. Mas o que realmente acontece não é bem assim: cumprir os deveres não se limita apenas a fazer o que está previsto na Constituição, ou no dever de marido, mãe, professora, mas sim o dever de cada um com a sociedade. O julgamento do que acontece e tudo que é certo ou errado vem da educação e esse é um dos principais problemas no Brasil: as pessoas, em geral, não têm educação necessária para isso e, quando voltamos à fonte do problema, percebemos que, na verdade, esse problema é um ciclo vicioso, onde o poder da educação se encontra principalmente nas mãos dos mais ricos que se limitam a enriquecerem, deixando os pobres cada vez mais pobres, e assim com menos possibilidades, menos educação, menos sendo crítico e mais ignorância no país.

E por que isso? Por que deixar os pobres sempre mais pobres? Porque estando pobres, eles têm que ganhar dinheiro e, para isso, têm que trabalhar e se forem trabalhar, não terão tempo pra estudar e, quando isso acontece, os jovens deixam de ir pra escola estudar. Se não fosse assim, se todos começassem a frequentar a escola, todos começariam a criticar, a questionar e, então, o poder desse pessoal rico que controla o país hoje em dia, estaria acabado. A sociedade não seria mais pacata, quem não reclama, reclamaria, quem vende o voto por uma cesta de alimentos, não venderia mais e, assim, começariam a ter mais opinião própria e não se deixariam enganar por esse controle da elite.
Lendo um blog sobre tal assunto, me deparei com uma frase sobre uma coisa que me instigou. Assim dizia o autor: “Sabe o que um colega de classe meu faz durante a aula de História e na aula de Sociologia? Ele dorme, porque está cansado do trabalho exaustivo do dia e ninguém o ensinou que essas matérias são muito importantes, ninguém o ensinou que ele precisa saber da realidade que nos cerca.” E essa é, resumidamente, a realidade que nos cerca e o motivo pelo qual começamos esse blog.
Precisamos ajudar os outros a enxergarem a realidade e mudar, inclusive, a nós mesmos. Por isso, aqui estamos nós, com este blog, para deixar de lado essa alienação e trazer para discussão diversos temas sobre a sociedade para evitar esse tipo de comportamento. Por isso, pacato cidadão, não deixe de ler e comentar nossas postagens e ideias, todos nós podemos crescer com essa atitude. (;
Texto de Ana Carolina M. Domingues